Educação e reciclagem do lixo: ciber/orientações para os alunos do ensino médio da zona Leste 4 de São Paulo.

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Projeto Tamar prevê recorde de ninhos de tartaruga em temporada de desova no ES

25/10/2018 clipping Clipping

A temporada de desova das tartarugas marinhas da espécie cabeçuda (Carretta carretta) já começou e a expectativa do Projeto Tamar é que haverá recorde de ninhos no Espírito Santo. Outras áreas prioritárias de desova estão localizadas nos estados da Bahia, Sergipe e litoral norte do Rio de Janeiro.

Conforme informações do Centro Tamar, do Instituto Chico Mendes (ICMBio), já houve este ano registros de ninhos ou tentativas por fêmeas na Praia da Costa, em Vila Velha, e na Ilha do Boi, em Vitória.

Tartaruga marinha da espécie cabeçuda (Carretta carretta) - Foto: Divulgação/Banco de Imagens do Projeto Tama

"Mesmo sabendo que a tartaruga marinha costuma ter uma fidelidade em relação à praia onde desova, e há predomínio no caso do Espírito Santo dessas desovas se darem no Norte do estado, especialmente na região da foz do rio Doce, pode eventualmente ocorrer das fêmeas fazerem seus ninhos em outras praias, colonizando outras praias que foram perdidas no passado pela captura das fêmeas que as frequentavam ou pela alteração do ambiente", explicou a coordenadora regional do Projeto Tamar, Ana Marcondes.

Com isso, a coordenadora reforça a importância da participação social nesta temporada 2018-2019, que segundo ela "já está com desovas até agora acima da média".

O que fazer se encontrar um ninho?

Ao encontrar um ninho em uma praia, acione o Projeto Tamar através do número 27 3225-3787, para que profissionais orientem os procedimentos, e façam a devida identificação do ninho.

"Após identificado é importante que a sociedade respeite esse espaço demarcado, não pisando/andando sobre a área ou mesmo colocando cadeiras de praias. Caso alguém presencie a eclosão de um ninho com filhotes, basta acionar o Tamar", explicou a analista ambiental do Centro Tamar, Cecilia Baptistotte.

Caso um ou mais filhotes sejam encontrados na praia ou mesmo em calçada/rua, o cidadão deve colocá-lo na areia da praia próximo ao mar. Se encontrar filhotes nascendo no ninho deve deixar o processo ocorrer naturalmente, ou direcioná-los ao mar, longe de qualquer foco de luz, como a de postes e de residências, que pode desorientá-los.

Caso encontrem alguma tartaruga ou filhote debilitado, as pessoas devem entrar em contato com o Projeto Tamar ou com o Batalhão Militar da Polícia Ambiental pelo telefone 27 3636-1650, ou SOS da Petrobras pelo 0800-039-5005, que monitora as praias do estado, para que uma equipe vá ao local e efetue o resgate do animal.

Nos casos de ninhos mal posicionados por questões de risco como iluminação, por exemplo, antes era comum eles serem realocados por se tratar de área de muito uso, como uma praia predominantemente urbana. Mas segundo o Instituto, a consciência da população - de proteger esses animais - mudou significativamente, e esse apoio da sociedade que tem ajudado estas populações ameaçadas se recuperarem e re-colonizar outras praias como parece estar acontecendo.


Educação Ambiental e a Gestão dos Recursos Humanos na Gestão Ambiental

Embora seja lugar comum dizer que a abordagem ambiental deva ser holística e que devemos pensar globalmente e agir localmente, o que percebemos muitas vezes é uma práxis que reforça o ambientalmente incorreto dito popular que diz que em casa de ferreiro o espeto é de pau.

O tema meio ambiente entrou definitivamente na pauta de discussão da nossa sociedade. É verdade que os meios de comunicação, a produção literária - científica e pedagógica, as iniciativas públicas e privadas, as ONG's e as pessoas de uma forma em geral, pressionados pela anunciada catástrofe ambiental a que estamos submetendo o planeta através de práticas danosas cometidas por todos nós, indivíduos e coletividade, ou seja, você e eu, também colaboram para que o assunto tenha tamanha repercussão. Seja através de discussões técnicas e científicas ou de posturas ideológicas e apaixonadas pela causa, o fato é que a temática ambiental vai, pouco a pouco, sendo inserida e incorporada pela nossa sociedade como um divisor de água na busca de uma melhor qualidade de vida.

Pesquisas realizadas com diferentes públicos - professores universitários e de ensino fundamental, alunos universitários e empregados de grandes empresas brasileiras revelam que a maioria dos entrevistados considera meio ambiente importante. A maioria também se interessa pelo tema e considera que a qualidade ambiental é fundamental para a sobrevivência - nossa e do planeta, concluindo ser possível conciliar meio ambiente com desenvolvimento.

Embora seja lugar comum dizer que a abordagem ambiental deva ser holística e que devemos pensar globalmente e agir localmente, o que percebemos muitas vezes é uma práxis que reforça o ambientalmente incorreto dito popular que diz que em casa de ferreiro o espeto é de pau. Apesar dos avanços, a gestão ambiental continua, ainda hoje, centrada, na maioria das vezes, na aquisição de equipamentos de controle ambiental, não levando em consideração aspectos importantes relacionados à cultura das pessoas.

De fato a degradação ambiental põe em risco a saúde do planeta e de seus habitantes. As medidas mitigadoras colocadas em práticas não resolvem de todo a questão, apenas - como o próprio nome anuncia, atenuam um quadro ascendente de problemas socioambientais.

As práticas de controle ambiental são recentes e ainda não foram totalmente incorporadas pelas empresas, seja pelo seu alto custo ou pela falta de conscientização. Existe toda uma cultura que precisa ser estimulada para uma nova concepção na relação do homem com o meio ambiente. Percebe-se que pouco adiantarão tecnologias de controle ambiental de última geração se as pessoas não refletirem sobre o seu comportamento no que se refere ao consumo e ao uso insustentável dos recursos naturais.

Este cenário coloca à mesa uma discussão que passa pela revisão de conceitos e será necessário que cada indivíduo compreenda a importância de estar comprometido com a qualidade ambiental da sua cidade, do seu bairro, da sua casa e do seu posto de trabalho. Parafraseando o imperador romano, não basta apenas estarmos comprometidos, temos que demonstrar este comprometimento colocando em prática os princípios básicos de sustentabilidade.

No entanto, existe uma cultura arraigada em pressupostos que acredita de fato que em casa de ferreiro o espeto é de pau, quando na verdade deveria ser estimulada a refletir e perceber que em casa de ferreiro na maioria das vezes o que temos é sucata de sobra e que cada um de nós é na verdade um ferreiro a produzir diariamente uma quantidade enorme de sucatas.

As pessoas de um modo em geral não percebem que a degradação ambiental é resultado do modelo que escolhemos para sobreviver, não reconhecendo nas suas relações com o meio os impactos produzidos por este modelo. De fato é pouco usual a conjugação do verbo poluir na 1a pessoa. Quando o sujeito não é indefinido (alguém polui), se encontra na 3a pessoa do plural: eles poluem.

Ações de controle ambiental são fundamentais na busca de uma melhor qualidade de vida, pensar globalmente e agir localmente também. No entanto, atuamos muitas vezes desconsiderando fatores fundamentais relacionados à cultura das pessoas e das instituições que as abrigam.

Nem sempre estabelecemos afinidades com o público alvo de nossas ações ambientais. Informamos ao invés de nos comunicar. De uma hora para outra meio ambiente passa a ser uma coisa importante e todos devem zelar por ele. No entanto, pode ocorrer das pessoas sequer saberem o que é meio ambiente e neste caso, incorremos no velho modus operandi de controle ambiental no final da linha, quando na verdade deveríamos estar atuando na causa e não somente na conseqüência. A formação de uma consciência crítica em relação a este processo é fundamental para a busca de soluções que não sejam somente mitigadoras, passando a ter um caráter mais preventivo e educativo.

No entanto, para que uma gestão ambiental seja bem sucedida é necessário que ocorram mudanças nas atitudes, nos padrões de comportamento e na própria cultura das instituições.

Para alcançar o compromisso das pessoas com a melhoria da qualidade ambiental é preciso, em primeiro lugar, que elas se percebam como parte integrante deste processo, tendo acesso a conhecimentos básicos sobre meio ambiente que as auxiliem na identificação das principais fontes geradoras de impactos ambientais.

Ao motivar e capacitar as pessoas para a adoção de ações preventivas a Educação Ambiental tem-se revelado um importante instrumento da Gestão Ambiental, permitindo que as pessoas conheçam, compreendam e participem das atividades de gestão ambiental, assumindo postura pró-ativa em relação à problemática ambiental.

Dentro da perspectiva de otimizar seus investimentos e de se manter dentro dos padrões ambientais exigidos pela sociedade e pelo mercado, algumas empresas estão implantando programas de Educação Ambiental como instrumentos do seu Sistema de Gestão Ambiental.

Para que as empresas obtenham o compromisso dos empregados com a gestão ambiental é necessário que ela disponibilize, além de recursos e equipamentos de controle ambiental, conhecimentos básicos sobre meio ambiente e gestão ambiental, auxiliando-os na identificação e controle das principais fontes geradoras de impactos ambientais da sua atividade.

Neste sentido, para que a educação ambiental se transforme em um instrumento eficiente da gestão ambiental é necessário que as atividades propostas estejam sintonizadas com a cultura da empresa e potencializem os aspectos positivos desta cultura.

Concebidos desta forma, esses programas permitem às empresas alcançar bons resultados, pois incentivam os empregados a agir de forma preventiva, identificando, controlando e minimizando os impactos ambientais da sua atividade.

José Lindomar Alves Lima é Prof. do Curso de Educação Ambiental para Gestores do Meio Ambiente do NIEAD/UFRJ


Reivindicações dos povos indígenas

a América Latina o conceito de sociedade multicultural pode aludir a realidades verdadeiramente díspares. Não é a mesma coisa pensar no pluralismo cultural de uma cidade como Buenos Aires, e no de Quito, Lima, Quetzaltenango, Oaxaca ou La Paz.

  • Na América Latina o conceito de sociedade multicultural pode aludir a realidades verdadeiramente díspares. Não é a mesma coisa pensar no pluralismo cultural de uma cidade como Buenos Aires, e no de Quito, Lima, Quetzaltenango, Oaxaca ou La Paz.

No primeiro caso, as culturas que ali se desenvolveram têm uma origem e uma marca predominantemente européia, e engrandeceram uma identidade crioula para a qual contribuíram as identidades dos imigrantes italianos, espanhóis, franceses, ingleses e outros, em termos de um alto grau de respeito recíproco. Pode-se notar que esta identidade foi forjada à custa do sacrifício das populações originárias, de cujas identidades não ficaram nem sequer vestígios, e da segregação de outras populações migrantes tão importantes como a boliviana ou a paraguaia.

Por outro lado, o mosaico sócio-cultural das outras cidades que mencionei está fortemente impregnado da presença das diferentes coletividades indígenas originais, e o diálogo intercultural - se é que se pode falar de algo assim - se deu entre elas e a porção mestiça e/ou crioula que deteve as principais situações do poder local.

De qualquer maneira, em ambos os casos é possível falar de sociedades multiculturais, pois se pode verificar o fato de que coletividades pertencentes a diferentes padrões culturais coexistem em seus respectivos âmbitos territoriais, sejam quais relações ocorram entre elas. Independentemente de quão remotos ou recentes sejam suas origens, no contexto das relações interculturais cotidianas, em nossas sociedades são reproduzidas as imposições, traumas e complexos herdados da história.


 

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